segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Poesia ao amor Finado


Quando o toque do amor finado esbarra em peitos abertos,
tal qual Midas ao reverso, o ouro torna-se latão.
Crateras indecentes, incandescentes tal qual o reino de Hades,
se exaltam rompendo as flores, queimando as folhas e as sementes.

É nessas horas que a Jazerina encontra suas traças, não agüenta, se rompe.
E o peito aberto, agora desnudo, grita, chora e geme de frio.
Insuportável frio, sem o corpo amado e o coração amistoso,
que em tantas noites, aqueceu um coração gelado.

Quando o toque do amor finado, esbarra em peitos abertos,
transforma homens seresteiros em eternos "carpideiros",
Sempre a chorar em desespero, por almas outrora quentes,
de mulheres amantes, amigas, amores que agora lhe são pálidos.

É nessas horas que a jazerina agora pútrida e rompida, vira pano de pia,
e nas mãos do garçom, limpa a cachaça e as lágrimas derramadas em uma mesa de bar.
São lágrimas irreversíveis, incandescentes tal qual o reino de Hades,
Que escorrem por uma face e derretem um coração já quase morto.


(Allen Cristhian - 16 de Agosto de 2010)

3 comentários:

  1. Você é muito bom, sempre muito criativo no que faz!
    O Poema é Maravilhoso. Parabéns e muito Sucesso!

    Att,
    Dani =)

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  2. Allen parabéns mais uma vez,ficou belíssimo

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  3. Parabéns... você tem muito talento!!!

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