domingo, 2 de janeiro de 2011

Hypnos



Em sinuosos dias encontram-se os amantes do amor perfeito,
que assim o é, por permanecer ainda que em tamanha imperfeição.
São dias incertos, entegues ao um leviano entardecer tempestivo,
Dias que alimentam suas sombras, com o cair de negras brumas.
 
E se nesses dias, perguntarem o que querem os poetas,
O que querem, lhe dirão que, mais simples é do que tudo que há.
Querem apenas liliputianas mulheres, colossais por sua natureza,
Mulheres valentes para o não, porém, amáveis para o sim.
 
Mulheres cosmopolitas, capazes de negar o tempo para viver em amor,
Em paixões ardentes, corações apaziguados, como poemas vivos de Neruda.
Hipnóticas mulheres, abstratas em sentimentos revelados por olhares telepáticos,
Espectadoras de monocromáticos tons, implodidas em coloridos prismas, como telas de Dali.
 
Se ainda assim, eles, os poetas, não encontrarem o que tanto e tanto almejam,
Partirão quem sabe quando lhes beijar a morte, para um sono profundo,
Contentando-se em sonhar em outra vida, com aquilo que sonharam nesta,
 
Mas nunca tiveram. 
 
(Allen Cristhian - 16 de Dezembro de 2010)

Um comentário:

  1. "Eu queria ser despojada de tudo
    De tudo que fosse artifício
    De tudo que fosse irreal
    Das coisas que fazem mal
    Queria ser mais gente, mais contente
    Ser mais inteligente, mais positiva
    Menos egoista, materialista
    Eu seria mais essência
    Queria ser Mônica
    E nada mais que isso!"

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